domingo, 29 de novembro de 2009

É primavera...

Aromas e cores, aves a cantar,

Gorjeios, sussurros, ternas alvoradas...

Nos campos e praças, nas ruas, no ar,

Ipês esparramam imensas floradas...

Brancas e lilases, rosas e douradas,

As flores do ipê têm vida pequena...

Reinam pouco tempo, intensas, caladas;

Efêmeras são... mas valem a pena!

E como o ipê que explode em cores

E esvai-se no chão em breves semanas,

Também acontecem intensos amores:

Efêmeros, rápidos, em paixões humanas.

Mas no ciclo da vida germina a esperança;

Nem sempre se esgota tal cumplicidade...

De paixões e floradas ecoam lembranças;

Muitas vezes fica, no fundo, a saudade...

E a magia que espalha em toda primavera,

O cheiro, o fascínio, a imagem do ipê;

Reacende a chama, a lembrança, a quimera,

Da paixão que um dia senti por você...

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